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Segue matéria (que já havia saído no site Bolsa de Mulher):

Slings: adote-os

Usados por artistas, carregadores permitem a interação de mães e bebês
Por Luana Martins • 21/08/2009

Prepare-se para dizer adeus aos antigos carrinho e bebê-conforto. Uma alternativa mais prática e fashion de transportar o filhote chegou para ficar: os slings! Eles caíram no gosto das celebridades. Certamente você já viu fotos de Julia Roberts, Angelina Jolie, Cindy Crawford, Sheryl Crow, Courtney Cox, Gwen Steffani, Kate Hudson e muitas outras celebrities com estes porta-neném. E os especialistas garantem: as vantagens são muitas. Crianças "slingadas" crescem mais calmas, seguras, com a autoestima elevada e desenvolvem melhor seu potencial cognitivo e motor.

Confira os modelos no slideshow

Mas você sabe o que é um sling? "Do inglês 'pendurar', o sling é uma faixa de pano com duas argolas em uma das extremidades que, ajustada ao corpo, permite o transporte de crianças de até 20 quilos (quatro anos) deitadas, sentadas ou nas costas do adulto", explica Bettina Lauterbach, empresária da marca "Baby Slings". Sua origem remonta à Antiguidade. "Há séculos, sobretudo na Índia, África e nas tribos indígenas, as pessoas utilizavam panos para aconchegar e transportar suas crianças", conta a empresária.

"Recomendaram-me o sling quando meu filho estava com menos de um mês e sofria de refluxo. Ele melhorou, passou a dormir melhor e, por isso, nunca usei carrinhos para ele passear. Hoje, ele já traz o sling para que eu o coloque nele. É lindo"

Todos saem ganhando

Segundo as usuárias e os especialistas, o maior benefício dos slings é a interação gerada entre mãe e bebê. "Quando colocada no sling, a criança fica em uma posição semelhante à fetal - próxima ao calor voz, respiração e frequência cardíaca materna - como se a gestação continuasse fora do ventre da mãe", revela Maria Cristina Senna Duarte, pediatra e diretora médica da Neovacinas.

O resultado? "Uma criança mais segura, calma, inteligente e com autoestima elevada", afirma Roberta da Fonte, jornalista e dona da marca Carinho e Aconchego Slings. Tanto que seu filho Arthur, hoje com um ano e três meses não larga o apetrecho. "Recomendaram-me o sling quando meu filho estava com menos de um mês e sofria de refluxo. Ele melhorou, passou a dormir melhor e, por isso, nunca usei carrinhos para ele passear. Hoje, ele já traz o sling para que eu o coloque nele. É lindo", conta a jornalista.

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E não para por aí. As vantagens são ainda maiores.

- O sling atua como incubadora natural para bebês prematuros, fornecendo a temperatura ideal através das trocas de calor com a mãe. Bebês "slingados" ganham peso e se desenvolvem mais rapidamente.

- A tipóia acalma e reduz o estresse. Previne os choros e as cólicas, melhorando também a digestão, os refluxos e o sono do bebê.

- Seu formato ergonômico respeita a espinha dorsal tanto do bebê quanto de quem o carrega. E permite que o bebê mantenha as perninhas juntas em uma fase em que suas articulações ainda estão se formando.

- O carregador aumenta a autoestima do bebê, pois ele recebe mais carinho e atenção do que estando no carrinho ou bebê-conforto.

- O sling protege, ainda, a criança do sol e do vento. E facilita a circulação em meio a multidões e lugares com desníveis ou de difícil acesso.

- Ele é prático, confortável, lavável, dobrável, leve e seguro.

Até a mamãe sai ganhando. "O sling me permite realizar tarefas antes impossíveis com o bebê nos braços. Posso, ainda, amamentar a criança na rua, discretamente, graças à faixa extra de tecido do carregador", relata Andreza de Freitas Espi, consultora de babywearing e fabricante dos slings "Mania de Sling". E, ao contrário do que muita gente pensa, o bebê não fica "tortinho" dentro do sling. "Se bem posicionado, o sling não causa danos para o bebê nem para a coluna da mãe", afirma a pediatra Maria Cristina.

Diversos tipos

Ainda que o sling seja o campeão de popularidade, outras variações da tipoia também vêm ganhando o mercado. São eles: kepina, pouch sling, wrap sling e mei tai.

Kepina - É um sistema primitivo, constituído de um pano quadrado (geralmente com 1,40m) dobrado ao meio, no formato de um triângulo. Ele é ajustado ao corpo da mãe através de um nó entre as duas pontas. "Ainda que seja prático e possa ser improvisado em casa com um tecido firme, não é recomendado em bebês que não controlam bem a cabeça", alerta Andreza de Freitas Espi, consultora de babywearing.

A parte mais baixa do sling deve ficar um pouco só abaixo do umbigo. Assim, evita-se que a perna do adulto bata no bumbum do bebê, além de facilitar a amamentação

Pouch Sling - É um sling sem argolas, amarrações e a cauda de tecido do sling tradicional. "É mais prático e simples, mas por não permitir ajuste, deve ser feito sob encomenda e perde-se ele rapidamente com o crescimento da criança", explica Andreza. Para resolver o problema do ajuste, muitos pouch slings têm sido produzidos com velcro.

Wrap Sling - Faixa de tecido com cerca de cinco metros de comprimento e um metro de largura que se amarra em volta do corpo do adulto. "É o carregador que melhor distribui o peso da criança, pois ele é dividido entre as costas e os dois ombros da mãe. Porém, são muito quentes e requerem habilidade ao vestir", afirma Bettina.

Mei Tai - Lembra o wrap sling. É um tecido em formato retangular usado nas costas do bebê. Nas pontas desse retângulo são presas faixas de tecido que amarram a criança na frente ou nas costas do adulto. "Ele não permite posições variadas e só pode ser utilizado por bebês com boa segurança na cabeça", afirma Roberta.

Recomendações dos especialistas

Antes de comprar seus slings, siga alguns conselhos de quem entende do assunto. Fique de olho no tecido! "É fundamental saber a procedência e composição do tecido. Os 100% algodão são os melhores, pois os sintéticos podem provocar calor excessivo e alergias ao bebê", diz Roberta. Materiais inadequados podem rasgar ou partir causando acidentes graves com o bebê. Por isso, "é preciso observar as costuras regularmente antes do uso do sling e o estado de suas argolas", aconselha Andreza.

Com exceção dos pouch slings sem velcro que são fabricados sob medida, os slings geralmente são vendidos nos tamanhos P, M, G e GG. Para saber se você comprou o tamanho adequado, Roberta dá a dica: "A parte mais baixa do sling deve ficar um pouco só abaixo do umbigo. Assim, evita-se que a perna do adulto bata no bumbum do bebê, além de facilitar a amamentação".

Na lavagem, use apenas sabão neutro. "Alvejantes enfraquecem o tecido. E as argolas devem ser encapadas com meias ou algum pano antes de irem para a máquina de lavar", aconselha Andreza. Roberta recomenda ainda, que a água esteja fria e que o sling seja posto para secar na sombra, evitando que o tecido encolha ou perca a cor.

Dicas

O sling é bastante versátil e oferece diversas posições para transportar o bebê. Mas é preciso cuidado para não causar acidentes. "Recomendamos sempre posicionar a criança de modo a sobrar tecido suficiente embaixo dela e nas laterais", aconselha Bettina. Andreza e Roberta dão outros conselhos:

- Não coloque o bebê no sling logo após a mamada. Aguarde pelo menos uma hora.

- Os bebês devem sempre ficar acima da altura do umbigo do adulto, para que o peso seja bem distribuído sobre toda sua coluna. E o sling nunca pode estar embolado nas costas.

- O adulto deve posicionar o sling na "beira" do ombro, evitando que ele fique muito perto do pescoço, o que pode causar dores musculares.

- Os bebês muito pequenos devem ficar completamente dentro da redinha. Já os maiores, que vão sentadinhos, devem ter um bom apoio. Por isso, verifique se o tecido está perto da dobra do joelho do bebê e a outra ponta bem alta nas costas dele, perto de seu pescoço.

- Caso o bebê queira ficar com os bracinhos de fora, o sling deve passar bem abaixo dos braços, nunca perto da cintura do bebê. E é preciso um bom apoio nas costas.

- Antes de sair, certifique-se que o bebê pode respirar dentro do sling. E não permita que ele fique posicionado com o queixo encostado do tórax.

- Não se aproxime de um fogão aceso ou manuseie objetos pontiagudos com uma criança no sling. Cuidado ao descer escadas e a passar entre objetos. Evite salto alto, calças boca de sino, saias e vestidos longos. E jamais substitua o cinto de segurança do carro pelo carregador.

- Se você ainda não usou um sling, experimente! "Somos humanas e mamíferas, então faz parte de nossas origens acarinhar, aconchegar, acolher e abrigar. Usar um sling é uma grande experiência de troca para mãe e bebê", revela Bettina.